quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Já Falei!





E já te falei tantas vezes, e tu insistes em não ouvir: Meu amor, mantenha a palavra. Digas o que tens que dizer, mas não invente. Não prolongue, não aumente. Não minta, não, te peço, não minta. Não crie este meu desejo de ser ainda mais fantasioso. Não fiques citando estas coisas bonitas, poesias insanas pra mim. Eu acredito. Sempre acredito. Sou deste tipo menina, que encara de frente, e que se joga neste abismo de sentir. Que sonha, que planeja casamentos, filhos nas duas primeiras semanas, e que na terceira, já está te dando meus sonhos numa bandeja de prata. Juro. De tanto amar me ridicularizei. Não me trate como esta gente toda que vive com mentiras, não. Sou diferente desta grande maioria - eu confio. Nasci com este mal de acreditar, de me entregar, de no final, sempre me culpar por todas as mentiras vestidas de verdade que insistiram em nada dar. Não meu amor, te peço, não me faças chegar neste final. Finais doem, finais com mentiras arrancam os ossos. Não coloque seu nome na minha lista do-que-eu-queria-escrever. Se falas que está tudo bem, que esteja. Não me fique escondendo estas coisas que carregas. Use-me de encoste, de reserva, me leve, me carregue, jogue encima de mim uma boa dose dos teus problemas. Mas não me enrole em mais uma conversa fiada de promessas. Não fira minha alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário