quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Doce...





A vida não estava doce como ela queria, mas sabia que tudo tinha a ver com paciência e fé. Usava sorrisos alheios para enfeitar seu rosto cheio de cicatrizes, como se estivesse tudo bem. As coisas estavam caindo e ela respirava, contava até três, usava mil métodos pra tentar fazer com que as coisas melhorassem. Lia Caio, inventava histórias, e aos poucos ia se afastando do que é, realmente, o mundo. Foi viver em outro lugar, onde não garoa o tempo tudo, onde há chá da tarde e uma sala com livros e sua poltrona preferida de veludo. Nesse mundo havia aquarela, não precisava esperar a chuva passar pra poder criar um arco-íris. E a vida tentava dar uns pontapés nela, mas era fácil contar até três… então repetia o que Caio ensinou “que seja doce, que seja doce, que seja doce”. E as coisas começavam a ser doces.

Nenhum comentário:

Postar um comentário