quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Percebi




Deitada(o) em seu peito, eu comecei a perseguir as batidas do seu coração com os olhos. Chegava a ser engraçado poder ouvi-las se intercalando com as batidas do meu. Vi seus olhos negros cruzando com os meus, e seus dedos quentes tentando cobrir a parte nu da minha mão. E a brisa era leve. E o sol não ardia. E a dor não doía mais. Tentava prender a sua atenção cantando uma melodia qualquer enquanto observava o brilho que os seus olhos tem quando estão sorrindo. Suave. Tudo produzia-se na calmaria dos ventos de final de tarde. E a gente estava lá. Perdidos naquele sentimentos doce que o coração não faz muita questão de nomear. O vento, de vez em quando, tocava o meu rosto e trazia o seu perfume. Sorri. Sorrimos. Sabíamos. Era uma coisa a mais, do que o simples fato de gostar de estar perto um do outro.

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